O PROCESSO DE ADOLESCER
Coordenadoras: Kátia Geluda e Denise Obraczka
Kátia Geluda, Psicóloga, Membro Psicanalista da SPCRJ, Especialização em Psicoterapia Infantil – COIJ/FIOCRUZ, Terapeuta de família – IFF, Mestrado em Ciências Médicas – UFRJ.
Denise Obraczka-– Psicóloga, Membro Associado da SPCRJ.
Sexta-feira: de 11h45 às 13h15
Periodicidade: quinzenal (com exceção de meses com feriados e meses de férias/recesso)
Duração: anual
Datas: 15/03, 10 e 24/04, 3 e 17/05, 14 e 25/06, 12/07, 9 e 23/08, 6 e 20/09, 4 e 18/10, 1 e 29/11 e 13/12/2024.
Formato: on-line
Programa: As mudanças sociais, econômicas e políticas num mundo regido pelo mercado de consumo provocam e acentuam transformações nas subjetividades. O processo de adolescer, entendido como uma operação psíquica onde um real do corpo e do sexo é avassalador e exige um novo revestimento da trama simbólica e do imaginário para que novas elaborações e amarrações se constituam, também é atingido pela aceleração neste século XXI destas mudanças.
Um momento de entrada no mundo adulto cada vez mais adiada, momento de hiato entre a maturidade biológica e maturidade social, famílias vivendo a pressão de uma cultura hedonista e a diluição da autoridade e do patriarcado.
Como nossos adolescentes estão na contemporaneidade expressando seu mal estar? Que saídas inventam para seus impasses? Como lidam com a renúncia ao gozo para que a civilidade se manifeste se o imperativo é gozo absoluto?
Nos diferentes meios de comunicação, redes sociais mídia impressa ou nos eventos das cidades tantas são as exposições
e notícias sobre os jovens. O que nos revelam?
Dando prosseguimento às discussões teóricas e clínicas sobre a adolescência, trabalharemos neste semestre com o tema “O sujeito adolescente e a virtualidade: efeitos no seu corpo, no seu mundo psíquico e nos seus vínculos sociais”. O avanço da tecnologia digital e suas ferramentas nas últimas décadas promoveram enormes transformações na vida humana já que a subjetividade é atravessada por estes processos sociais. Para o bem e para o mal. A rede é um espaço para bons e maus encontros. Aos nossos consultórios chegam jovens capturados pela tela que se torna , muitas vezes, um esconderijo dos “outrinhos” que despertam no corpo um novo que temem enfrentar, um tsunami de informações que enchem seus arquivos mentais que roubam atenção e investimento e atenção em atividades mentais, por exemplo demandadas pela vida escolar e universitária, um aprisionamento em um estado narcísico que paralisa o movimento desejante por novos caminhos na vida, uma imersão no mundo da propaganda que vendem objetos que prometem o alcance de ideais de todos os tipos. Mais um tema que entre os outros já discutidos por nós nos remetem a tempos onde reinam a atuação quando não a passagem ao ato. Então, como nós, psicanalistas, podemos contribuir com aqueles que apesar de conectados vão se afastando do mundo e entrando quase num estado autístisco?
Bibliografia inicial:
VENTURA,R. Cadernos de Psicanálise – SPCRJ. Psicanálise e Virtualidade: limites e possibilidades. Atenção Roubada e Realidade sem Corpos: uma reflexão sobre o sofrimento atual no mundo virtual. Rio de Janeiro: Zagadoni Editora, v. 32, n.35, p. 101-116, 2023.
Valor mensal para membro da SPCRJ: Gratuito Valor mensal para não membros: R$ 55,00
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