“O PROCESSO DE ADOLESCER”
Coordenadoras: Kátia Geluda*, Cristiane Camerino** e Denise Obraczka***.
Sexta-feira: de 11:45 às 13:15h
Periodicidade: quinzenal (com exceção de meses com feriados e meses de férias/recesso)
Duração: anual
Datas: 10 e 24 de março, 07 e 28 de abril, 12 e 26 de maio, 09 e 23 de junho, 07 de julho, 11 e 25 de agosto,
08 e 22 de setembro, 06 e 20 de outubro, 03 e 17 de novembro e 01 de dezembro.
Formato: Online
Programa: As mudanças sociais, econômicas e políticas num mundo regido pelo mercado de consumo provocam e acentuam transformações nas subjetividades. O processo de adolescer, entendido como uma operação psíquica onde um real do corpo e do sexo é avassalador e exige um novo revestimento da trama simbólica e do imaginário para que novas elaborações e amarrações se constituam, também é atingido pela aceleração neste século XXI destas mudanças.
Um momento de entrada no mundo adulto cada vez mais adiada, momento de hiato entre a maturidade biológica e a maturidade social, famílias vivendo a pressão de uma cultura hedonista e a diluição da autoridade e do patriarcado.
Como nossos adolescentes estão na contemporaneidade expressando seu mal estar? Que saídas inventam para seus impasses? Como lidam com a renúncia ao gozo para que a civilidade se manifeste se o imperativo é gozo absoluto? Nos diferentes meios de comunicação, redes sociais mídia impressa ou nos eventos das cidades tantas são as exposições e noticias sobre os jovens. O que nos revelam?
Dando prosseguimento às discussões teóricas e clínicas sobre a adolescência, trabalharemos neste semestre com o tema “SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA: o irrepresentável”. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde de 2019 sobre o assunto indica aumento significativo da taxa de mortalidade em 81% entre 2010 e 2019 nesta faixa etária e uma taxa de 6,4 suicídios para cada 100 mil adolescentes, sendo que entre 15 e 19 anos ocorrem 23,3 de todos os casos. O suicídio configurava neste ano a 4ª causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A mídia veiculou que no período de pandemia o suicídio em adolescentes foi uma saída encontrada com todas as restrições e angústias vividas. É multifatorial o que leva os jovens ao comportamento suicida como a depressão, ansiedade, desesperança, experiências adversas como o abuso sexual, exposição à violência, uso de drogas, sentimentos de exclusão no ambiente familiar e escolar. Fatores sociais também estão implicados neste aumento de suicídio. Um problema sério e complexo de saúde mental.
Para a psicanálise muitos conceitos estão envolvidos e precisamos discutir a DEPRESSÂO neste período de vida e na contemporaneidade: eu ideal, ideal de eu, supereu, narcisismo, masoquismo, e outros.
Bibliografia inicial: Será pesquisada e selecionada pelo grupo, com exceção do 1º texto.
Referências bibliográficas serão divulgadas no decorrer das discussões.
Pinheiro, M.T., Quintella R.R., Verztman J.S. Distinção teórico-clínica entre depressão, luto e melancolia. Revista Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, vol.22, N.2, P. 147-168.
*Kátia Geluda – Psicóloga, Membro Psicanalista da SPCRJ, Especialização em Psicoterapia Infantil – COIJ – FIOCRUZ, Terapeuta de família – IFF, Mestrado em Ciências Médicas – UFRJ
**Cristiane Camerino – Membro Psicanalista, Especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio
***Denise Obraczka – Psicóloga, Membro Associado da SPCRJ
Valor mensal para membro da SPCRJ: Gratuito
Valor mensal para não membros: R$ 55,00 mensais
A SPCRJ funciona prioritariamente no formato presencial, organizando-se apenas momentaneamente online pelo tempo em que persistir o atual cenário de pandemia.
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